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Fechamento de postos de combustível se tornou mais frequente, dizem entidades
A redução nas margens de lucro e a maior fiscalização tem acelerado o fechamento de postos de combustível, sobretudo em cidades grandes, segundo entidades do setor.
“Temos observado que o mercado se tornou tão competitivo que muitas pessoas preferem mudar de ramo”, diz José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro (sindicato setorial).
Pelo menos 215 estabelecimentos foram interditados no país por irregularidades nos seis primeiros meses de 2017, dado mais recente da ANP (agência regulatória), uma das responsáveis pelas autuações.
Um dos fatores que indiretamente aceleraram os fechamentos foi a alteração da política de preços da Petrobras no ano passado, segundo Paulo Miranda Soares, presidente da Fecombustíveis (federação do setor).
A medida levou a uma redução da diferença entre o valor pago às distribuidoras e o cobrado na revenda —movimento que foi mais forte nas metrópoles, onde a oferta de estabelecimentos é maior.
“A margem média dos postos hoje fica entre 11% e 12%, mas em capitais chega a 6%.” A flutuação dos valores nas refinarias ocorre diariamente, mas o mesmo não pode ser feito na bomba, diz ele.
Há também o impacto da alta de custos e das ações de fiscalização, afirma Soares. “Fraudes tendem a aumentar quando os negócios vão mal.”
Apesar de notarem piora, nenhuma das entidades do setor, nem a ANP, têm dados sobre o número de estabelecimentos fechados em 2017.
Fonte e foto: Folha de S.Paulo e Campo Grande News.