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    Equipe de Lula vai esperar preços dos combustíveis no início do ano para decidir volta de impostos

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    O coordenador dos grupos técnicos do gabinete de transição, o ex-ministro Aloizio Mercadante, afirmou nesta quinta-feira (8) que o futuro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai aguardar a situação dos preços dos combustíveis e da cotação das moedas para bater o martelo sobre a volta de tributos.

    O atual governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) zerou os tributos federais que incidem sobre os combustíveis até o fim de deste ano. Foram reduzidos a zero o PIS e Cofins, que incidem sobre o diesel e o gás de cozinha. Além desses, foi zerada a alíquota da Cide que afeta a gasolina e o etanol.

    “Estamos aguardando para ver a evolução do cenário”, disse Mercadante, em referência ao preço internacional do petróleo e a cotação do dólar.

    A declaração do ex-ministro aconteceu durante entrevista a jornalistas do grupo técnico de minas e energia do gabinete de transição. Os membros da equipe de Lula também foram questionados sobre a proposta da gestão Bolsonaro de mudar o regime de partilha do pré-sal.

    O engenheiro Maurício Tolmasquim, ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética e um dos coordenadores do GT, criticou duramente a hipótese de mudança. Segundo ele, quando o pré-sal foi descoberto, modelos do mundo todos foram estudados, e o de concessão foi julgado o mais adequado.

    “Para o caso do pré-sal, a partilha seria a melhor maneira de apropriar a renda para o Estado aplicar recursos no preparo da geração futura, que não terá mais petróleo”, afirmou.

    “Daí chama a atenção essa proposta que vem do governo atual de privatizar a PPSA (Pré-sal Petróleo S.A), É pegar toda essa receita que está em um fundo para ser usado para geração futura e queimar. Isso é deixar a geração futura sem os recursos”, completou.

    Os integrantes do grupo técnico também afirmaram que a Petrobras atualmente tem um futuro “nebuloso”. Disseram que muitas petroleiras ao redor do mundo se transformaram para virarem empresas de energia, tendo em vista o fim dos combustíveis fósseis. A empresa brasileira, no entanto, teria ficado para trás nesse processo e por isso precisa de um redirecionamento.

    Fonte: Folha de SP

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