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    Sped irá permitir que empresários tenham maior controle sobre seus negócios

    Reduzir fraudes nas companhias está entre os principais desafios enfrentados pelas empresas no mundo todo. No Brasil, a implementação do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) irá permitir que empresários tenham maior controle sobre seus negócios e ferramentas para ampliar a rentabilidade.

    “A necessidade de atender à demanda de órgãos públicos também será benéfica para a própria empresa”, destaca Marcelo Maraccini, controller da Toke Crie, uma das maiores distribuidoras de materiais para artesanato do País, com 4,5 mil itens em estoque e exportações para países da América Latina e da Europa.

    “Com a necessidade de entregar informações de forma transparente e totalmente correta, teremos um controle maior de todas as etapas do negócio, desde o estoque, da entrada e da saída de insumos e mercadorias, passando por informações bancárias, fiscais e tributárias. Iremos acompanhar de perto qualquer tipo de fraude, desvio ou erro na prestação de informações”, complementa o executivo.

    Gestão de perdas

    Erros e fraudes consomem boa parte do faturamento das empresas. Estudo da Association of Certified Fraud Examiners (ACFE) divulgado no mês passado mostra que as organizações perdem cerca de 5% do faturamento devido a fraudes e, de acordo com levantamento feito pela consultoria Kroll em 2013 (último dado disponível), o crime mais comum no Brasil foi o roubo de estoque ou ativos, com 37% do total das perdas identificadas.

    Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) apurou índice médio de perdas sobre o faturamento líquido no setor de 2,98%, sendo que 16,6% das perdas identificáveis eram apuradas em erros de inventário, 7,83% na gestão de fornecedores e 8,08% por erros administrativos. O percentual estimado, apenas com produtos vencidos, atingia 16,24% em unidades com área entre 500 e 1.250 metros quadrados.

    Com a implementação do bloco K, o sistema digital de registro de controle e estoque, que será exigido a partir de setembro para indústrias, empresas equiparadas a indústrias e atacadistas, a gestão dessas perdas será muito mais fácil.

    Para o coordenador do Grupo de Trabalho para a implantação do Bloco K na Petrobras Distribuidora, Vanderlei Cardoso Ferreira, o Sped contribui muito para o controle interno da companhia. “A informatização das obrigações possibilita um controle mais seguro, simplificando e agilizando os procedimentos sujeitos ao controle da administração tributária”, diz.

    Já o controller da LLE Ferragens, Carlos Rios, comenta que a necessidade de se adequar ao Sped foi um motivador para que sua organização investisse em um sistema que garantisse melhor controle da gestão. “O Sped impulsionou a empresa a contratar um sistema mais rigoroso para fazer a apuração correta de tudo o que será enviado ao Fisco e, consequentemente, conseguimos uma gestão mais eficaz, com controle maior do estoque e do giro. Todo esse aumento de controle dificulta a ocorrência de fraudes, até porque o sistema permite rastrear o que aconteceu, caso ela ocorra”, afirma Rios. A empresa trabalha com um mix de mais de 10 mil itens.

    Ainda existe carência de especialização na área

    São Paulo – Embora as empresas estejam envolvidas no longo processo de implantação dos módulos que fazem parte do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), ainda há carência de cursos de especialização, extensão e de disciplinas nas graduações que formam profissionais de diversas áreas para a nova realidade.

    Muitas instituições oferecerem disciplinas para preparar profissionais, mas a percepção ainda é de carência de capacitação. A contadora, advogada tributarista e especialista em Sped Tânia Gurgel conta que, desde o início da implantação, ela leciona módulos sobre o tema em MBAs de todo o País. “Infelizmente, principalmente em São Paulo, há carência de pós-graduações e extensões específicas e uma forte defasagem entre o currículo da graduação e a realidade profissional”, afirma.

    Coordenadora da Comissão do Sped na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) para o Sped até o ano passado, Tânia conta que desde 2009 a entidade promove fóruns para discutir o assunto, eventos que nasceram justamente da carência da participação das escolas na qualificação dos profissionais. “Hoje, esse quadro tem mudado, mas ainda sinto falta de oferta por parte das escolas”, afirma. Há deficiência também na formação dos advogados especialistas em tributação.

    Qualificação

    O Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC-SP) é outra entidade que oferece palestras, oficinas e disponibiliza conteúdo técnico em seu portal. Já o Sindicato dos Contabilistas de São Paulo (Sescon-SP) ministra, além de palestras gratuitas, cerca de 115 cursos específicos sobre o Sped, que já formaram quase dois mil alunos em todo o País. O sindicato tem também parcerias com a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap) e a Universidade Mackenzie para alinhar as competências acadêmicas e práticas exigidas atualmente dos profissionais da área.

    Segundo o presidente do CRC-SP, Gildo Freire de Araújo, os profissionais em atividade já estão preparados e conscientes de seu papel com a chegada do Sped, opinião compartilhada com o presidente do Sescon-SP, Márcio Massao Shimomoto. Entretanto, na opinião de Shimomoto, os novos profissionais ainda não estão adequadamente preparados, na prática, para a nova realidade de exigências do Fisco.

    Para além das entidades de classe, a Fecap é uma das instituições que já alterou sua grade curricular. Na graduação de Ciências Contábeis, há a disciplina Laboratório Contábil, que serve para contemplar as diversas obrigações relacionadas ao Sped que surgiram nos últimos anos. A instituição oferece ainda pós-graduação lato sensu em Gestão Tributária, que aborda o tema mostrando aos profissionais os impactos do Sped na apuração de cada tributo e o seu reflexo no envio ao Fisco.

    Laboratório de informática

    Para o coordenador do curso, Maurício Lopes da Cunha, o mercado de trabalho demanda, e muito, profissionais especializados no Sped. Isso porque o uso falho do sistema eleva o risco de autuação por dados inconsistentes. Cunha acredita que, de maneira geral, as instituições de ensino vêm incluindo na grade das Ciências Contábeis disciplinas práticas e teóricas para preparar os profissionais para o Sped, especialmente com aulas em laboratório de informática, que fazem com que o aluno tenha contato efetivo com a implantação, funcionamento e o impacto do Sped nas organizações.

    Novas atribuições

    Com o Sped, auditores e contadores têm novas responsabilidades, que passaram a ir muito além de resumos das apurações dos tributos. “Os profissionais precisam saber verificar, dentro do Sped, as regras tributárias e contábeis para validação e certificação do conteúdo, além de identificar a origem de possíveis erros nos arquivos e a correção de falhas de procedimentos das empresas”, explica Cunha, da Fecap. Além disso, segundo Shimomoto, do Sescon, poderão atuar muito mais como consultores, prestando outros serviços a seus clientes.

    Fonte: DCI

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